A fome avança entre mais de dois milhões de palestinos em Gaza e já ultrapassa os limites críticos, acelerando as mortes, alertam especialistas humanitários e de saúde.
Não apenas as crianças palestinas — habitualmente as mais vulneráveis — mas também os adultos estão se tornando vítimas do bloqueio israelense à entrada de alimentos na Faixa de Gaza desde março.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas afirma que cerca de 100 mil mulheres e crianças precisam urgentemente de tratamento contra a desnutrição e alerta que quase um terço da população em Gaza "fica dias sem comer".
Na verdade, o órgão indica que o número de caminhões que entram diariamente em Gaza com ajuda humanitária é menor do que os dedos de uma mão — isso quando não caem nas mãos de grupos armados apoiados pelo regime de Israel.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informa que um quarto de todas as crianças pequenas e mulheres grávidas ou lactantes atendidas em suas clínicas em Gaza na semana passada apresentava quadros de desnutrição severa, e responsabiliza Israel pelo "uso deliberado da fome como arma".
Além disso, autoridades de saúde informaram que muitos medicamentos e equipamentos essenciais estão esgotados.
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